quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Do que falta ...

O que se faz com a saudade quando ela é só nossa?
Quando acordamos querendo sem ter.
Quando a pessoa que tanto nos faz falta, está tão fora de alcance. Ou quando por falta de opção, ela não pode mais suprir a falta que nos faz?
Lembrança de um tempo que adoça a alma.
Saudade dói, uma dor que chega a ser física, um aperto no peito, um cansaço do agora, uma vontade de gritar, chorar, correr atrás.
Saudade. Dos verbos querer e sentir.
Do não ter.

Substantivo que vem dos dias mais lindos, dos momentos que ficam na cabeça da gente e grudam no coração.
Dos passeios na orla, do banho de mar, do Milk Shake compartilhado, das horas ao telefone...e dos momentos só nossos, que não podem ser contados, escritos, e nem esquecidos.
Dos dias longe, das noites bem perto.
De tudo que foi e passou tão rápido.
De tudo que não vai voltar. E que vai ficar.
Do que acabou e ficou com gosto de para sempre.
Saudades que às vezes quase passa. Quase vai embora. Saudade do que quase foi. E foi tão lindo.
Quero mandar um belo (... ) pra quem inventou a saudade.
E agora que a vida me chama, a coloco no bolso, molhada de lágrimas e (re)começo o meu dia, fingindo pra mim mesma que esqueci.

Karla Tapalipa

Nenhum comentário: