"Estou no centro de uma tempestade que
não se reafirma e não se mistura. Lépida, moro no centro desse burburinho,
dessa falta de matéria, desse eu-maior que se afoga numa distração quase eterna.
Descompasso nocivo desvaneceu e o coração se abre para absolver a
sensibilidade. Abre-se porque este desbridamento é o único caminho que me expõe
ao afeto exato. Agora o sentimento escreve sobre a composição dos gostos e das
letras para construir o possível. Escreve sobre a atmosfera de um beijo que
envolve o suspiro. Escreve sobre a felicidade do meu corpo flexível. Eu,
resoluta, provoco o depois e o delírio — pra
quem me tenhas com pressa, sem distâncias".
Priscila
Rôde
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