sábado, 15 de junho de 2013

Pranto...


"Você pensou que eu estava à toa, pequena dentro da lágrima, como antes. Mas eu não estava líquida, corrente. Eu não estava disposta. Não estava vulnerável, à mercê de um encantamento. Aquele descontentamento foi só uma nuvem que se desfez por dentro. Foi só uma lembrança temendo os toques mais ásperos, antiternuras e abraços inconsistentes. Então chovi perto de você. Perto. Perdoe-me pela influência desse meu deslize. Perdoe-me pelo choro que não deu lugar à palavra mais íntima. Pranto, às vezes, só destranca o momento, não nos devolve pro pensamento".


Priscila Rôde

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