O
coração da gente gosta de atenção. De cuidados cotidianos. De mimos
repentinos. De ser alimentado com iguarias finas, como a beleza, o riso, o
afeto. Gosta quando espalhamos os seus brinquedos no chão e sentamos com
ele para brincar. E há momentos em que tudo o que ele precisa é que
preparemos banhos de imersão na quietude para lavarmos, uma a uma, as partes
que lhe doem. É que o levemos para revisitar, na memória, instantes
ensolarados de amor capazes de ajudá-lo a mudar a frequência do
sentimento. Há momentos em que tudo o que precisa é que reservemos algum
tempo a sós com ele para desapertá-lo com toda delicadeza possível. Coração
precisa de espaço.
Ana
Jácomo
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